Agenda Cultural

En el vértigo de la eternidad

Buscar puntos comunes en la producción de artistas contemporáneos, naturalmente nos lleva a diversos espacios de cotidianeidad, como fuente primaria para esa producción. Digamos que los artistas desde la segunda mitad del siglo XX hasta hoy, no dejan de nutrirse con aspectos simples que les han permitido reflexionar sobre distintas situaciones presentes en nuestra sociedad: acontecimientos sociales, políticos, geográficos, económicos e incluso, marcas u objetos de circulación masiva. Uno de estos es el colombiano Antonio Caro (Bogotá, 1950), ingresando a una lista de intelectuales latino-americanos que fijan su mirada en un producto masivo como lo es Coca-Cola para ser insertado a sus procesos de obra. Algunos como Cildo Meireles (Rio de Janeiro, 1948) Inserciones en circuitos ideológicos: Proyecto Coca-Cola (1970), Luis Camnitzer (Lübeck, 1937) Botella de Coca Cola llena de botella de Coca-Cola (1973) o Gastón Ugalde (La Paz, 1944) quien en su serie Coca (1992), realiza con hojas de la planta una obra del reconocido logo-marca.

En el caso del artista colombiano, su obra es emblemática en la producción artística contemporánea del país: Colombia Coca‐Cola (1976). Según Caro, aquella surge a partir de una conversación coloquial con un visitante a una exposición y no explica más que una obviedad rítmica «Ocho letras por un lado igual ocho letras por el otro». Lo claro es que se vale de la palabra, para desarrollar una obra que requiere del público (surgido a su vez desde ahí) para seguir eternamente aquella obviedad y así, una diversidad vertiginosa de análisis o lecturas, que se reafirman mientras sigan existiendo ambas palabras en nuestra cotidianeidad y personas quienes las detonen.

- Cristián G. Gallegos -
Dialogante – Curador programa educativo 10ª Bienal del Mercosur

Filmes e vídeos direto do Itaú Cultural

De 7 de novembro a 21 de fevereiro de 2016, 13 obras nacionais representativas que perpassam os últimos 40 anos de videoarte, serão exibidas na mostra itinerante Filmes e Vídeos de Artistas na Coleção Itaú Cultural, na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre. A mostra já passou pelas cidades de Curitiba, Brasília, Recife, Belo Horizonte e Belém. Para esta edição em Porto Alegre, além de levar uma das mais recentes aquisições do acervo Triunfo Hermético, produzida pelo artista plástico Rubens Gerchman em 1972, o destaque fica por conta da produção recente com nomes expressivos de quatro artistas gaúchos ou residentes no Sul do país, entre eles Marina Camargo, Isabel Ramil, Eduardo Montelli e Letícia Ramos. Até 21/02/2016.

Local: Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2000. Porto Alegre/RS). Visitação: Terça a domingo, das 12h às 19h e quinta, das 12h às 21h.

"Para a ciência da arte (Kunstwissenschaft) é ao mesmo tempo uma benção e uma maldição que seus objetos reivindiquem ser considerados de outro modo que não somente sob o ângulo histórico. [...] É uma bênção porque mantém a ciência da arte numa tensão contínua, porque não não cessa de provocar a reflexão metodológica e, sobretudo, porque nos lembra sempre que a obra de arte é uma obra de arte e não um objeto histórico qualquer. É uma maldição porque teve de introduzir na pesquisa um sentimento de incerteza e de dispersão dificilmente suportável, e porque esse esforço para descobrir uma normatividade levou com frequência a resultados que ou não são compatíveis com a seriedade da atitude científica, ou parecem atentar contra o valor dado à obra de arte individual pelo fato de ser única".

- Erwin Panosfsky -
"O conceito de Kunstwollen", 1920

Tendências do livro de artista no Brasil: 30 anos depois

Em 1985, foi realizada uma importante mostra de livros de artista no CCSP, com curadoria de Cacilda Teixeira da Costa e Annateresa Fabris, reunindo 200 obras de dezenas de artistas. A exposição comemorativa de 30 anos apresenta, além de livros mostrados naquela ocasião, um conjunto de 120 obras publicadas nos últimos anos e adquiridas para o acervo do CCSP com apoio da Funarte (Prêmio Marcantonio Vilaça). São tendências do livro de artista, apontadas pelos curadores: poesia visual; o catálogo como obra de arte; reflexões sobre a questão artística; arte e política; performance; metalinguagem; apropriação; projeto e investigação; publicações coletivas; formatos; paisagem; memória; humor; forma; cor; narrativas e arte para a página. Até 20/03/2016.

Local: Centro Cultural São Paulo – Piso Flávio de Carvalho (Rua Vergueiro, 1000, Paraíso, São Paulo/SP). Visitação: De terças a sextas, das 10h às 20h, sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h.

Esculturas e Desenhos: Not Vital

Galeria Nara Roesler apresenta pela primeira vez em São Paulo a poética espiritual do artista suíço Not Vital, itinerância da primeira mostra institucional do artista na América do Sul, realizada entre outubro e novembro deste ano no Paço Imperial (RJ). Na exposição, ficam evidentes as premissas que orientam o trabalho de Not Vital, cuja trajetória de vida nômade é chave para a compreensão de sua poética espiritual, intimamente ligada à composição formal de seus trabalhos, frutos de processos colaborativos. Oposições entre sensações como força/delicadeza e ameaça/tranquilidade emanam das obras, que lidam com aspectos sutis do contato do homem com a natureza pela via da transcendência, da espiritualidade. Até 13/02/2016.

Local: Galeria Nara Rosler (Avenida Europa 655, Jardim Europa, São Paulo/SP). Visitação: De terças a sextas, das 10h às 19h, Sábados, das 11h às 18h.

"Presença", de Carla Chaim

"Em Presença, o trabalho desenvolvido por Carla Chaim toma como ponto de partida para sua elaboração o próprio lugar onde a exposição acontece. Aqui, como em obras recentes da artista, o espaço expositivo é abordado como matéria prima para o desenvolvimento de reflexões sobre o desenho, considerado desde seus aspectos materiais até seus desdobramentos no espaço como instrumento de reflexão e investigação do mundo.

Criadas a partir de elementos arquitetônicos da Casa Nova, as fotos, esculturas e o vídeo de Presença exploram – de modo ora lúdico, ora analítico – o espaço da casa que os recebe. Apropriando-se de fragmentos da arquitetura, as obras o reelaboram e, através de deslocamentos e espelhamentos, reorganizam a percepção física que temos dele". Até dia 20/02/2016.

Local: Galeria Casa Nova Arte e Cultura Contemporânea (Rua Chabad, 61, Jardim Paulista, São Paulo/SP). Visitação: De segundas a sextas, das 11h às 18h.

Contiguo

Em sua última exposição do ano, a Galeria Ecarta recebe um projeto de residência e curadoria da Galería Metropolitana, espaço de atuação independente em Santiago, no Chile, há 17 anos. Contiguo, das artistas Claudia Lee e Francisca Montes, é a adaptação de um projeto que mapeou o Parque André Jarlan, comuna de Pedro Aguirre Cerda, visando a reconexão entre arte e comunidade, a partir de um exercício contextual de ativação da memória. Utilizando fotografia, vídeo, escultura e instalação para exibir o resultado de uma série de operações acerca de um determinado entorno, Contiguo se fundamenta na produção de obras que tornam visíveis modificações ou transformações territoriais na cidade. Para a Galeria Ecarta, Contiguo recontextualiza territorialmente sua proposta, utilizando das mesmas operações. A atenção das artistas se concentrará na Redenção, o Parque Farroupilha, o mais popular de Porto Alegre. As obras da mostra integram um sistema de tradução do material recolhido na investigação e propõem um outro olhar sobre aspectos identitários do lugar, a partir de estratégias específicas de visualização. Até 24/01/2016.

Local: Fundação Ecarta (Av. João Pessoa, 943, Porto Alegre/RS) Visitação: De terças a sextas, das 10h às 19h, sábados, das 10h às 20h e domingos, das 10h às 18h.